terça-feira, 14 de outubro de 2014

AO MESTRE COM CARINHO


Estou pensando no filme “AO MESTRE COM CARINHO” que me faz volver e remexer no acervo do meu passado.
Há em tudo o que realizamos neste mundo um pouco de cada professor ou professora que nos ensinou a galgar, degrau por degrau, a escalada desta vida. Uns mais, outros menos, e, até aqueles que pouco nos influenciaram. O mestre nunca será um robô porque não age de maneira autônoma. Aquele que assim procede passará indiferente e será desligado como qualquer utensílio doméstico. Os que nos magoaram com comparações e palavras desestimulantes ficarão nos porões da nossa mente - empoeirados.
Lembro-me da primeira vez que fui à escola com a minha irmã. Mamãe nos tomou pelas mãos, adentrou a sala de aula perante uma plateia inteiramente de pé - em sinal de respeito- e, nos entregou a professora Alice: – Professora, aqui estão minhas filhas. Em casa eu sou a mãe, aqui a mãe é a Senhora. Se merecerem use de toda autoridade.
Autoridade significava ficar de pé em frente à parede, levar reguadas, beliscões, puxões de orelhas, perder o recreio, ficar no final da aula estudando até decorar a lição, ou, levar bolos de palmatória. O coração disparava e o rosto corava de vergonha, medo e respeito. A palmatória era usada também pelos alunos durante a sabatina. Perfilados, um aluno sabatinava ao outro sobre a lição do dia: Nome de capitais ou multiplicação. Se o arguido errasse a resposta, levava um bolo do colega que respondia corretamente e passava a férula ao seguinte. Literalmente se dava mão à palmatória.
O mesmo rosário de minha saudosa mãe se repetiu com a professora Odete, Aline, Clonisa, Ieda, até que se completasse o primário. Nem todas usavam castigos físicos, mas, impunham respeito.
Tive sorte! Encontrei mestras que não se limitaram às bagagens contidas nos livros didáticos. Iam muito além... Viajei com meus colegas pelo mundo encantado da música, teatro, poesia, brincadeiras recreativas e passeios pelas fazendas de cacau da região.
Em cada professora encontrei uma mãe carinhosa, conselheira e amiga. Guardo relíquias de saudades, conhecimentos e preparação para a vida.
Hoje temos, como mestras e mestres, muito mais a ensinar. Ensinar aos pais como eles devem instruir seus filhos a respeitarem e a amarem aos seus professores como se eles fossem um segundo pai ou uma segunda mãe.
Exigir dos governos remuneração digna do professor que é a fonte primeira de todas as profissões, a propagação do conhecimento humano, o desenvolvimento e crescimento de toda a ciência, a inspiração e o despertar das faculdades criativas e intelectuais do ser humano.

quinta-feira, 13 de março de 2014

ORAÇÃO AO CRIADOR (cópia)


Oração ao Criador (copiado)

Divino Criador Pai, Mãe, Filho, todos em Um,
Se eu, minha família, meus parentes e antepassados
Ofendemos tua família, parentes e antepassados
Em pensamentos, palavras, fatos ou ações
Desde o inicio de nossa criação até o presente;
 
Nós pedimos teu perdão
Deixe que isto se limpe, purifique, libere
E corte todas as memórias, bloqueios, energias e vibrações negativas
Transmuta essas energias indesejáveis em pura luz. E assim é.
 
Para limpar meu subconsciente
De toda a carga emocional armazenado nele,
Digo uma e outra vez durante meu dia
As palavras chaves do Hooponopono

Eu sinto muito, me perdoa, obrigado, eu te amo. 
Me declaro em paz com todas as pessoas da Terra
E com quem tenho dívidas pendentes
Por esse instante em seu tempo
Por tudo o que não me agrada de minha presente vida
Eu sinto muito, me perdoa, obrigado, eu te amo.
 
Eu libero todos aqueles de quem acredito
Estar recebendo danos e mal tratos
Porque simplesmente me devolvem
O que eu os fiz antes
Em alguma vida passada
Eu sinto muito, me perdoa, obrigado, eu te amo.
 
Ainda que me seja difícil perdoar alguém
Eu sou quem pede perdão a esse alguém agora
Por esse instante em todo tempo
Por tudo o que não me agrada de minha vida presente
Eu sinto muito, me perdoa, obrigado, eu te amo. 

Por este espaço sagrado que habito dia a dia
E com o qual não me sinto confortável com isto
Eu sinto muito, me perdoa, obrigado, eu te amo.
 
Pelas difíceis relações das quais guardo somente lembranças ruins
Eu sinto muito, me perdoa, obrigado, eu te amo. 

Por tudo o que não me agrada na minha vida presente
De minha vida passada, de meu trabalho
Ou o que está ao meu redor

Divindade, limpa em mim o que está contribuindo com minha escassez
Eu sinto muito, me perdoa, obrigado, eu te amo.
 
Se meu corpo físico experimenta
Ansiedade, preocupação, culpa, medo, tristeza, dor...
Pronuncio e penso: minhas memórias, eu te amo
Estou agradecida pela oportunidade de libertá-los a voces e a mim
Eu sinto muito, me perdoa, obrigado, eu te amo.
Neste momento afirmo que ...eu te amo.
 
Penso em minha saúde emocional
E na de todos os meus seres amados...te amo
Para minhas necessidades e para aprender a esperar sem ansiedade, sem medo
Reconheço as memórias aqui.....sinto muito, te amo.
 
Minha contribuição para a cura da Terra
Amada Mãe Terra, que és quem Eu sou
Se eu, minha família, meus parentes e antepassados
Te maltratamos com pensamentos, palavras, fatos e ações
Desde o inicio de nossa Criação até o presente
Eu peço teu perdão
 
Deixa que isto se limpe, purifique, libere e corte todas
as memórias, bloqueios, energias e vibrações negativas.
Transmuta estas energias indesejáveis em pura luz. E assim é.
 
Para concluir, faço de teu conhecimento
Que este áudio é minha contribuição
À tua saúde emocional
Que é a mesma minha 
Então esteja bem.
E na medida que tu vais te curando, eu te digo que
Eu sinto muito pelas memórias de dor que comparto contigo.

 Te peço perdão por unir meu caminho a ti para curar
Te dou as graças porque estás aqui por mim
E eu te amo por ser quem és.
 

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

"OS JUSTICEIROS"


Estou pensando, com penar, num grupo de “justiceiros”, que vem se formando e ganhando adeptos no Rio de Janeiro.
Devem imaginar que seus cérebros e dos que aderem as suas ideias, possuam apenas massa encefálica branca sem pigmentação cinzenta, uma vez que, os perseguidos são negros, mendigos, nordestinos e dependentes químicos marginalizados. Há, sim, são homofóbicos também.
Intitulados “Justiceiros” munidos com tacos de beisebol, paus e pedras expulsam pessoas, que não possuem os padrões étnicos e socioeconômicos à altura - pensam eles - dos moradores do bairro. (Vejam que não citei “culturais” - porque pessoas quem pensam desta forma, são incultas, egoístas e indiferentes aos problemas sociais e a toda desigualdade econômica, que dilacera o Brasil e grande parte do mundo. Não vêm que crianças abandonadas, moradores de rua, famintos, desempregados, são frutos de um sistema podre e vil?
Bandos de incultos, racistas, xenófobos, supremacistas e hitleanos, não são os negros e nordestinos causadores da violência e do desemprego. A alta carga de impostos que nos é imposta, que deveria ser empregada na criação de escolas, hospitais, moradias e na criação de muitos empregos, é revertida para o pagamento dos altos juros, sustento da pesada máquina governamental e a nefasta corrupção.
Levantem os olhos para os arranha-céus, olhem em volta para toda a arquitetura que embeleza esta “Selva de Pedras”, nela, ficaram os calos, o sangue e o suor do negro, do nordestino e de todos os trabalhadores que, verdadeiramente, constroem e edificam. Menosprezar qualquer tipo de trabalho é também preconceito, mas, tenho certeza que vocês nunca limparam as ruas, os esgotos e nem mesmo a privada de suas casas.
Exatamente assim se inicia uma guerra civil. De um lado os “justiceiros” e do outro, os que defendem os oprimidos. Basta ler os relatos da história mundial cujas guerras foram geradas pelo racismo, preconceito e tiranias de alguns.