Estou pensando, com penar, num grupo de “justiceiros”,
que vem se formando e ganhando adeptos no Rio de Janeiro.
Devem imaginar que seus cérebros e dos que aderem as suas
ideias, possuam apenas massa encefálica branca sem pigmentação cinzenta, uma
vez que, os perseguidos são negros, mendigos, nordestinos e dependentes
químicos marginalizados. Há, sim, são homofóbicos também.
Intitulados “Justiceiros” munidos com
tacos de beisebol, paus e pedras expulsam pessoas, que não possuem os padrões
étnicos e socioeconômicos
à altura - pensam eles - dos moradores do bairro. (Vejam que não citei “culturais”
- porque pessoas quem pensam desta forma, são incultas, egoístas e indiferentes
aos problemas sociais e a toda desigualdade econômica, que dilacera o Brasil e grande
parte do mundo. Não vêm que crianças abandonadas, moradores de rua, famintos,
desempregados, são frutos de um sistema podre e vil?
Bandos
de incultos, racistas, xenófobos,
supremacistas e hitleanos, não são os negros e nordestinos causadores
da violência e do desemprego. A alta carga de impostos que nos é imposta, que
deveria ser empregada na criação de escolas, hospitais, moradias e na criação
de muitos empregos, é revertida
para o pagamento dos altos juros, sustento da pesada máquina governamental e a nefasta
corrupção.
Levantem
os olhos para os arranha-céus, olhem em volta para toda a arquitetura que
embeleza esta “Selva de Pedras”, nela, ficaram os calos, o sangue e o suor do negro,
do nordestino e de todos os trabalhadores que, verdadeiramente, constroem e
edificam. Menosprezar qualquer tipo de trabalho é também preconceito, mas,
tenho certeza que vocês nunca limparam as ruas, os esgotos e nem mesmo a
privada de suas casas.
Exatamente
assim se inicia uma guerra civil. De um lado os “justiceiros” e do outro, os
que defendem os oprimidos. Basta ler os relatos da história mundial cujas
guerras foram geradas pelo racismo, preconceito e tiranias de alguns.