quarta-feira, 18 de março de 2015

TIA NAIR – POSTADA EM 01/02/2015


                Estou pensando em mais um janeiro que escapa, sorrateiramente, entre nossos dedos. Imagino também o privilégio que poucas pessoas tem de completar cem janeiros vendendo saúde, elegância, beleza e uma memória fresquinha.

 A festa de tia Nair, foi em Salvador, facilitando a presença dos filhos, parentes e amigos. Mãos de seda, magistralmente, deslizaram em violões, violinos e cavaquinhos. Em harmonia com um teclado a música encheu o ar de alegria e por vezes saudade. Uma voz graciosa cantou Assis Valente, Caimmy, Gil e Caetano. Não podia ser diferente quando o cenário é a Bahia. Valsas, boleros e chorinhos foram somados aos ritmos criados desde o dia dez de janeiro de 1915.

Risos, abraços e recordações reuniram pessoas após décadas de desencontros. – Coisas do destino.

Tia Nair, estava ali, colhendo os aplausos e afagos de todas as pessoas que a ama e que por ela são amadas também.

Fico a pensar o que leva alguém a longevidade com tanta vontade de viver. Será herança genética, amigos, alimentação, trabalho incessante ou mingau de aveia todas as manhãs? Será que era a energia gerada pela juventude? Incógnita. Tia Nair cumpriu todos estes rituais.

A família residia em Ilhéus, na Avenida Soares Lopes - beirando a praia.

Nas férias estudantis a casa superlotava com a presença dos sobrinhos e amigos dos filhos. Muitas tias ofereciam calorosa hospedagem, mas, todos só queriam ficar com tia Nair. Havia ordem, respeito e horários a cumprir em todas elas, mas, tia Nair deixava a galera aproveitar à praia. Não tínhamos que estar às doze horas, de banho tomado, sentados à mesa almoçando.

A casa era tomada pela algazarra, música, jogos, violões e cantoria.

Tio Abelardo gostava também de casa cheia e estava sempre sorrindo.

Quando precisava ralhar alguém ela o fazia com a franqueza de sempre e era conhecida pelo seu toma lá dá cá.

Não guardava rancor, não contava aos nossos pais qualquer deslise e logo mais estava gargalhando com os jovens e sorrindo das brincadeiras.

Netos e bisnetos provaram à saborosa sopa de feijão e as manhãs regadas à vitamina de abacate, café com leite e pão fresquinho. O tempero de Nair tinha um toque pessoal de carinho e amor. Meu pai adorava. E quem não?

Voltando à festa. Houve um momento em que ela desabou em lágrimas. Eu estava ao seu lado quando um violino com maestria sibilou: “ E agora que faço eu da vida sem você...”

Entre soluços ela gemeu quase inaudível: - Que faço eu dá vida sem “vocês.” Era a forte lembrança do esposo e do filho Cláudio que tão cedo partiu. Beijei-lhe o rosto, alisei seus cabelos e murmurei: - Tia, eles desceram do céu e estão aqui ao seu lado. Hoje é dia de alegria! Eles te querem sorrindo. Lentamente ela serenou e voltou por inteira à sua festa.

Tia Nair não só rompeu a barreira do tempo como também atravessou um século e adentrou o novo milênio sendo a mesma pessoa que é. Felicidade nossa viver com ela e estar com ela aprendendo amor, sabedoria, coragem, franqueza e vontade de viver.

Tia, a festa foi e sempre será sua, mas o maior e melhor presente é nosso – ter você em nossas vidas.

MUITOS OUTROS JANEIROS VIRÃO. 

Um beijo saudoso.

Jailda Galvão Aires

 

PASSEA DO DIA 15 DE MARÇO




Sr. Face, estás sempre a me perguntar no que estou pensando... Como não consigo parar o pensamento nem mesmo em estado de relaxamento profundo, confesso que desde a passeata que tomou as ruas do nosso país, não consigo pensar em mais nada que não esteja relacionado
ao indescritível ato cívico 
O que mais me emocionou foi o patriotismo impresso nas camisas, no abraço da bandeira nacional e no rosto de cada participante. A forte presença nas ruas das capitais e municípios ocorreu com ordem e de maneira pacífica, sem representantes e sem bandeiras partidárias.


O grito uníssono “do basta” rompeu fronteiras. 

Não aceitamos mais comportamentos que não deveriam existir nem mesmo nos dicionários.  

Chega de corrupção, desvios, propinas, impunidade, desgoverno e enriquecimento ilícito.  

Chega de pensar que o povo brasileiro não entende e não
se interessa por política. 

Chega de tentar desviar a nossa atenção com manchetes outras que não seja o desmando e as roubalheiras. 

Chega de pão e circo! A informação chega a todos os quadrantes da terra.  

Chega de altos impostos e a criação de novos tributos para cobrir o roubo por parte dos dirigentes das nossas estatais e de muitos congressistas e governantes. 

Chega de brechas nas Leis para que os grandes escapem de fininho enquanto os esfomeados e marginalizados mofam nas cadeias pelo roubo de um pão ou de um biscoito. 

Não aceitamos mais a corrupção. Queremos que os nossos filhos cresçam num país justo, honesto e seguro. Queremos que os nossos impostos venham a gerar hospitais, escolas, moradia, trabalho, respeito e segurança, pois para isto são cobrados. 

Nossos filhos precisam de bons exemplos para que cresçam fortes, íntegros, conscientes e cheios de fé. Queremos que o sentimento de patriotismo e orgulho permaneça neles e que não precisem migrar para outros países em busca de sucesso, trabalho e empreendedorismo. Queremos que, preparados, realizados e orgulhosos, aqui permaneçam e, juntos, possamos declamar para as gerações vindouras:
 
“Ama, com fé e orgulho, a terra em que nasceste!
Criança! não verás nenhum país como este!
Olha que céu! que mar! que rios! que floresta!
A Natureza, aqui, perpetuamente em festa,
É um seio de mãe a transbordar carinhos.
Vê que vida há no chão! vê que vida há nos ninhos,
Que se balançam no ar, entre os ramos inquietos!
Vê que luz, que calor, que multidão de insetos!
Vê que grande extensão de matas, onde impera
Fecunda e luminosa, a eterna primavera!
Boa terra! jamais negou a quem trabalha
O pão que mata a fome, o teto que agasalha…
Quem com o seu suor a fecunda e umedece,
Vê pago o seu esforço, e é feliz, e enriquece!
Criança! não verás país nenhum como este:
Imita na grandeza a terra em que nasceste!”
A Pátria - Olavo Bilac”
   Por Jailda Galvão Aires em 17/03/2014

 

terça-feira, 10 de março de 2015

DIA INTERNACIONAL DA MULHER


Quero desejar a todas as mulheres deste planeta que se multiplicam em mil pelos filhos, amigos, família e dileto companheiro, deixando neste Blog, um verdadeiro tesouro descrito por Salomão em provérbios 31:10-31, datado
do século VI a.C.:

"O valor de uma mulher virtuosa excede ao de finas joias.
O seu marido nela confia e não haverá falta de ganho.
Ela lhe faz bem e não mal, todos os dias da sua vida.
Busca lã e linho tece alegremente com as suas mãos.
 
Cedo se levanta abastece à sua casa e instrui as
servas.
Com o ganho do seu trabalho compra uma terra e
planta uma vinha.
 
Ajeita as suas vestes e fortalece os braços.
Percebe que o seu ganho é bom e a sua lâmpada não se apaga de noite.
 
Estende as mãos ao fuso e pedala a roca enquanto fia.
Socorre o aflito e ao necessitado.
Não teme a neve e agasalha a todos da sua casa.
Tece as cobertas e veste-se de linho fino tingido.
 
Seu marido é estimado entre os juízes, quando se assenta com os anciãos.
Ela faz roupas de linho fino, e vende-as, e dá cintas
aos mercadores.
A força e a dignidade são os seus vestidos, e, quanto ao
 
dia de amanhã, não tem preocupações.
 
Fala com sabedoria, e instrui com bondade.
Dirige a sua casa e não come o pão da preguiça.
Seus filhos a chamam ditosa e seu marido a louva, dizendo:
Muitas mulheres são virtuosas, mas tu a todas
sobrepujas.
 
Enganosa é a graça, e vã, a formosura, mas a mulher que teme ao SENHOR, essa será louvada.
 
Dai-lhe do fruto das suas mãos, e de público louvarão
 
as suas obras."
 
                   Um Beijo. Jailda Galvão Aires. 08/03/2015