Condomínio Mirante, no ano de 1982, por indicação de
amigos, chegamos ao
JARDIM DE INFÂNCIA NENEQUITA.
Foi fácil perceber que a escola pertencia e
era dirigida por uma família honrada, querida e muito conceituada no Rio.
Fomos recebidos pela Coordenadora profa. Maria de Fátima,
e apresentados aos seus pais: Cel. Eduardo e a sua mãe, professora Célia.
Mais dois irmãos completavam a família Oliveira.
Mais tarde, com a inclusão do ensino médio, foi acrescido o nome de ESCOLA DEGRAU.
Percebemos de imediato que o colégio primava pela educação em toda a sua totalidade: conteúdo didático, aulas práticas, motivação, valores, comportamento, respeito aos professores
e alunos, ensino religioso (facultativo), e na preparação para a vida.
Assim
o foi.
O espaço físico da escola não era grande, contando com dois andares, de salas e com uma cobertura aonde os alunos brincavam e se apresentavam em dias
festivos e passeios recreativos. Como o Mirante possui grande área de lazer,
não nos preocupamos com isto. Importante mesmo é que cada aluno era chamado pelo nome e feito conexão direta com seus pais ou com os seus responsáveis.
O espaço físico da escola não era grande, contando com dois andares, de salas e com uma cobertura aonde os alunos brincavam e se apresentavam em dias
festivos e passeios recreativos. Como o Mirante possui grande área de lazer,
não nos preocupamos com isto. Importante mesmo é que cada aluno era chamado pelo nome e feito conexão direta com seus pais ou com os seus responsáveis.
Matriculamos
os nossos quatro filhos numa escadinha de dois aos oito anos: Graciela,
André, Juninho e Leonardo.
Professora,
Maria de Fátima, carinhosamente, conhecida por Mariinha, sempre fora o esteio
daquela escola.
Exercendo,
entre outras, a função de coordenadora, atendia os pais com uma serenidade tal que a mim me
fazia lembrar uma das máximas de Salomão: “A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira”.
Recorri à Mariinha, inúmeras vezes, buscando solucionar problemas de
algum dos filhos por diferentes motivos: Saúde, boletim escolar, gelo ou desavenças
entre colegas e até mesmo palavras depreciativas ditas por algum professor. Ocultava
dos filhos a fim de que aprendessem a solucionar os seus próprios problemas e
continuassem a respeitar os mestres e a todos os que trabalhavam na Escola.
Mariinha, calmamente me ouvia, como a qualquer outra mãe, acolhendo
e resolvendo as diferentes queixas.
Sabendo que um dos alunos entrava em pânico na hora da prova, se aproximava
e o acalmava com palavras de apoio. Outro, que, espirrava muito, durante os
testes, perturbando o desempenho dos colegas, era levado a fazer o teste, ao
seu lado, em sua própria sala.
Estes são apenas alguns exemplos citados para declarar, como mãe, o
quanto devo a grande educadora Mariinha e quanto os nossos filhos, seus alunos,
são gratos e o quanto a amamos e amaremos sempre.
Mariinha partiu para o céu azul, deixando uma saudade imensa... Deixou a todos nós o mais difícil e belo exemplo declarado por Jesus no Sermão da Montanha:
“Bem-aventurado os pacificadores,
porque serão chamados filhos de
Deus.”Abraçamos a toda a sua família enlutada dizendo:
“Aqueles
que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós, Deixam um pouco de si,
Levam um pouco de nós.” Antoine de Saint-Exupéry
Jailda Galvão Aires, 08 de agosto de 2015.