segunda-feira, 2 de outubro de 2017

"SE"

No que estou pensando? Numa palavrinha monossilábica chamada “se”. Não se trata de “uma pedra no meio do caminho”, no seu, no meu ou nos nossos caminhos. Não precisa ser um pedregulho ou uma rocha vulcânica, mas, se uma pedrinha for arremessada por uma funda derrubará muitos Golias.
Não é à toa que ela nos impõe condições, subordina, atravanca, impede e pode levar ao chão muitos de nossos desejos e sonhos.

 Tem a potência de um tornado, a dor de uma topada ou o sofrimento de uma unha encravada.
Mesmo com a força e a pontaria de Davi não podemos arremessá-la simplesmente porque não somos Davi e jamais seremos o outro.
Em qualquer situação que nos incomoda reagimos com voz gutural ou enfática: Se eu fosse mãe desta criança... Se eu fosse este jogador... Se eu fosse meu chefe... Se eu tivesse dinheiro... Se eu fosse o prefeito... Se eu fosse o presidente da República...
Conclusão: “Se” nós fôssemos o outro - teríamos soluções para tudo e o mundo seria repleto de acertos.
Estamos em época de eleições. Temos ideias e ideais, que sem dúvida iriam contribuir para um Brasil melhor, igualitário, honrado e justo.
O grande empecilho para os bem intencionados é esta conjunção ínfima/gigante que nos impede de estar do outro lado. Afinal, vencer a barreira da hereditariedade é muito difícil.
Acredito mesmo que, alguns candidatos a legisladores ou a administradores estão munidos dos melhores propósitos e soluções, mas, infelizmente esbarrarão em pequeninas ou gigantes rochas vulcânicas porque dependerão do voto da maioria. E aí é que ronda o perigo dos conchavos, dos mensalões, dos financiadores e da fidelidade partidária.
- “Se” fraquejarem, ficarão eternamente presos nesta teia nojenta chamada politicagem, ainda que, suas promessas sejam aprovadas à custa dos nossos impostos e desvios de verbas.
- “Se” a força da honra vencer a batalha, como deve, pouco poderão fazer e ainda serão apontados como aqueles que estiveram no poder e nada fizeram.
A estes a máxima: “Maior que a tristeza de não haver vencido é a vergonha de não ter lutado!”Acredito na força da exceção, daqueles que, conseguem pela virtude do convencimento e da credibilidade, por em prática os seus planos e vencerem este viro destruidor de sonhos chamado “se”.
Derrube nas urnas este “se” com o poder do seu sim. Vote certo.
Se alguém acha que eu tenho razão...
Jailda Galvão Aires.