segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020

AS DROGAS E O CÉREBRO HUMANO

Acredito que muitos pais, educadores e pensantes deste País, ao assistirem aos incontáveis programas de tevês, narrando em suas reportagens acerca do tráfico de drogas, não perguntem a si mesmos e à sociedade como um todo sobre um enigma  que a tantos intriga:
 - Por que não existem mensagens alertando aos usuários sobre os funestos efeitos que as drogas fazem ao cérebro humano e que detêm todo o controle sobre o corpo físico, emocional e mental?
Existe uma força oculta, poderosíssima, que atravanca a imprensa falada, escrita e televisiva, amordaçando todos os meios de comunicação.  Esta força está acima de qualquer poder e é quem realmente comanda este Gigante que teima em continuar adormecido, entorpecido e amordaçado.
Quem sabe?! Ou, quem não quer saber?!
Mesmo sabendo que, aparentemente, não existe censura neste país deixo o enigma no ar. Enigma este que já fora denunciado no livro e no filme Tropa de Elite. 
Quantos repórteres foram e são cruelmente assassinados pesquisando e denunciando o extermínio de crianças e jovens que são explorados por este comércio vil.("Meninos Soldados" a infância a serviço do tráfego numa das mais funestas e desumanas explorações infantis).
Por que o valor do cérebro não é mostrado em mensagens que possam impactar do mais novo ao mais longevo ser humano deste planeta?
Em seu livro Relaxe e Viva Feliz, Núbia Maciel França,  nos conta que "um cientista inglês, após um complicadíssimo cálculo para tentar criar um aparelho que fosse capaz de reproduzir as funções cerebrais, concluiu que todo orçamento global não seria suficiente. (Seu custo em reais seria o número quinze mais dezenove zeros. (Década de noventa)
 - Seria necessário um gerador com a potência de 1 milhão de quilowatts.
 - Se, detonada a energia do cérebro, num encadeamento, destruiria uma cidade como Nova Iorque como uma bomba atômica.

Inúmeras pesquisas científicas em diversos países afirmaram:
 - O cérebro humano possui mil estações telefônicas atuando a todo vapor, capazes de funcionar cidades como São Paulo.
 - Se alinhassem as fibras e as ramificações dos 12 milhões de neurônios em linha reta, ocuparia uma fantástica extensão de milhões de quilômetros."
- Estudos atuais revelam que o cérebro equivale a 100 bilhões de computadores trabalhando simultaneamente.

Amados jovens, crianças, se os meios de comunicações, os pais, professores, palestrantes,  vovôs, titios descrevessem, com riqueza de detalhes, a preciosidade que o ser humano guarda em seu cérebro, será que alguém ousaria destruir com drogas letais a mais bela e perfeita construção da Inteligência Universal? 
Lembro-me que na década de 1960, quando as primeiras drogas começaram a aparecer prometendo viagens alucinógenas, estados de euforia, excitação, alucinações auditivas ou visuais, um falso prazer além das emoções humanas; os jovens usuários da época desconheciam os efeitos maléficos e a dependência que tais "drogas" causariam a ponto de destruir carreiras, sonhos, acabando por fim com a própria vida. Muitos conterrâneos morreram cedo, outros deixaram os estudos e transformaram-se em farrapos humanos ainda que viessem de famílias abastadas. 
Mas hoje, 60 anos depois, não existe quem desconheça os efeitos nefastos e a dependência que a droga trás. As doses precisam ser cada vez mais fortes para prolongar os efeitos no corpo.

Vivíamos nossas emoções de dor, paixão, desilusão, incompreensão, desprezo, decepção, alegria, felicidade, usando a força dos amigos e apegando-nos a uma religião que nos trouxesse de volta ao bem estar da vida ou uma ajuda psicológica.
- A alegria era alegria e bastava. Hoje é necessário chegar à euforia. 
O amor era amor e não esta paixão que se não correspondida mata ou leva às drogas - refúgio das decepções. 
- Saudade era saudade e não desespero. 
- O prazer sexual era vivido sem o exagero do ecstasy (a "droga do amor" irreal, exagerado). 
- A alegria das festas era genuína e sincera. Os mais tímidos tomavam uma dose de uísque ou uma cervejinha gelada para encorajá-los.
-A dor de perder um ente querido era chorada até que o sofrimento, gota a gota, trouxesse o consolo e a aceitação.
- A calma vinha com uma boa leitura, uma doce canção, desabafo com amigos ou técnicas de relaxamento...

Inúmeras perguntas ficam sem respostas: Por que os meios de comunicação não educam, não mostram que o tráfico é alimentado por uma elite abastada que não sente privação de nada? 
As cracolândias são os pobres que camuflam  a dor da fome, da falta de amor, de oportunidade, do descaso político social, da falta de esporte e escolas em tempo integral. Vendem-se para alimentar o vício da morte prematura. Estas não alimentam o tráfico, são café pequeno. 
A lógica é tão simples: Se não existissem consumidores não existiriam drogas cada dia mais potentes exigindo que as emoções sejam cada vez mais aberrantes, alcançando um êxtase artificial. O ser humano não quer ser  simplesmente humano, mas biônico das alucinações que os leva a  viagens alucinatórias sem passagens de volta.
Não se dão conta que estão apertando, à distância, o gatilho que mutila, fere e mata e mumifica milhões no mundo.
O Brasil tem 150 assassinatos por dia numa guerra entre polícia e facções criminosas detentoras do tráfico. 
Você, usuário de droga que mora em palacetes, nem se dá conta que milhares de inocentes crianças, jovens e adultos são dizimados a cada minuto enquanto, à distância, você assassina a cada cheirada ou agulhada que o entorpece. 
Você também é responsável pelos milhares que estão em fétidas prisões.
Não culpe só omissão do governo e dos vendilhões da Pátria. O invisível não existe.
Acorde, desperte, amadureça!
Você também é responsável, mesmo vivendo em mansões enjauladas, protegido pelo medo de ir à esquina mais próxima.
Você é aquele que mata apertando, à distância,  gatilhos que exterminam à sangue frio e nem se da conta que as suas mãos estão manchadas de sangue, e que a culpa pesa sobre os seus ombros protegidos e encapsulados no seu mundinho de paz, abundância e inconsequência.
Sua ignorante falta de altruísmo dizima sonhos, esperanças e transforma seres humanos em zumbis infectos e indefesos. Que morram todos, culpados ou inocentes desde que suas emoções alucinógenas destruam lentamente os bilhões de neurônios cerebrais de quem quer que seja além dos seus. 

A lei de “causa e efeito” não é só uma lei divina, mas, provada pela física: A cada ação uma reação. 
É livre o semear, mas, a colheita... Ah! Esta virá e ninguém ficará impune.

Pense nisto antes de semear a morte e matar-se lentamente.  
 
Rio,19 de janeiro de 2020.
Jailda Galvão Aires. 

Imagem do Google.