quarta-feira, 16 de outubro de 2013

PROFESSOR RAZÃO DA EVOLUÇÃO HUMANA



Estou pensando nas pequenas e mega construções, nas catedrais magníficas, nas pontes erguidas no espaço, projetos que parecem ter tido a ajuda de outras galáxias.

Quando viso a medicina descortinando os micro organismos e combatendo-os com vacinas e medicamentos cada vez mais potentes... 
Quando olho as aparelhagens mais simples à aquelas que desnudam os nossos órgãos e sistemas vitais, detectando problemas físicos e desequilíbrios mentais... Alegro-me vendo a vida humana se alongando com mais saúde. (Bom seria se abrangesse a todas as classes sociais, no entanto, este não é o meu foco.)

A cibernética com suas máquinas e engenhos futurólogos. Computadores, Foguetes, Satélites, observatórios espaciais – (Não vale espionar o Brasil) etc.

Se eu fosse mensurar o valor e a grandeza de cada profissão sempre dirigida à necessidade humana e ao seu bem estar: saúde, sustento, moradia, direito - tão bem expresso na Carta Magna - embora não seja cumprido, terminaria escrevendo um livro.

Quando olho tantos jalecos, gravatas, togas, capacetes, palanques, réguas, fardas, brasões, livros, engenhos, penso numa figura tão esquecida, maltratada, mal remunerada, ofendida e relegada, em sua maioria, por aqueles que lhes devem o alto posto em que se encontram.

O PROFESSOR é a RAZÃO DA NOSSA EVOLUÇÃO. Em suas mãos estão bordadas o nosso futuro, dos nossos filhos, netos e de todas as gerações futuras. Sem ele o mundo estaria ainda numa era muito remota tão remota quanto os resquícios do que ainda vemos nas ruas: Sprays de pimenta, gás lacrimogêneo, socos, pontapés, cassetadas, lançadas sobre eles, no momento em que a classe se une numa luta justa por justa remuneração.

PROFESSORES, O NOSSO ETERNO AGRADECIMENTO! PERDÃO POR TODAS AS MAZELAS QUE ESTÃO SOFRENDO. Muitos desses ALGOSES foram seus alunos um dia, aprenderam todas as lições menos a principal: Gratidão e AMOR.

 “Quem com ferro fere com ferro será ferido”.  
                        Jailda Galvão Aires    

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

O NASCIMENTO DE FRANCISCO E ANTÔNIO

 - Olha aqui, Chico, estou morrendo de fome, você não está deixando nada para mim. Não pense que nascendo mais forte vai cantar de galo. Chi!!! Está ouvindo papai dizer que garrancho é que derruba panela? Espera só pra ver.
- Que é isto meu irmão, estou me fortalecendo para proteger você. Ouvi dizer que o mundo lá fora não é tão quentinho e aconchegante como aqui.
-O mais preocupante, Chico é a nossa mamãe só bordou um enchoval e mesmo agente se cutucando o tempo todo ela não percebeu que somos dois.
-Tonho, eu não estou preocupado com isso, mesmo porque, as roupas de boneca de Jailda e Eliane caberão em você.
- Sou pequeno mas não sou pedaço. Esta divisão de espaço e tempo não foi nem um pouco justa. Estive o tempo todo espremido e  agora você se nega a dividir as roupas?
- Estou brincando, Tonho. 
- Bem Chico, por falar em tempo, você que é todo grandão vai na frente fazendo força e abrindo caminho para mim. Ai, eu vou deslizar como quiabo.
- Tonho você imaginou a surpresa que vai ser quando chegar a hora? Acho que papai vai desmaiar.
- Será? Você sabia que nosso irmão mais velho, o Renatão, ainda acredita na tal cegonha!  Como é que papai vai explicar para os três que duas cegonhas passaram pela portinhola da janela? Um dia a gente cota pra eles.
- Chiiii!!! Acho que chegou a hora, mamãe mandou buscar a parteira. Papai tá todo nervoso...
- Bem, Chico, enquanto eu me alimento das últimas reservas, vou tirar um soninho e você vai rompendo estrada. Até logo, mano, que Deus nos proteja e dê força e coragem a nossa mãezinha.

A parteira chegou na maior calma do mundo  enquanto o resto da família dormia sem escutar um só barulho, um só gemido.
Na hora H o Chico, depois de algumas horas pulou fora, chorando, mas... a placenta não saiu.
A parteira virou-se para nossa mãe e disse: -Fia, faz mais uma forcinha pra sair tudo.
Daí a grande surpresa! Um novo choro ecoou no quarto. Papai sentou-se do susto mas sorriu e chorou de orgulho ao ver os dois peraltas. 
Mamãe exaurida pela dor, apenas balbuciou. Ué! parece que eu ouvi dois choros?! Lágrimas de alegria e agradecimento rolaram junto com o suor.
                 Jailda Galvão Aires. 

 


quinta-feira, 3 de outubro de 2013

AO MESTRE COM CARINHO

 Estou pensando, neste tenebroso pesadelo que estamos revivendo: a ditadura de 1964. Pasmem, nem naquela época a polícia - que sofre uma verdadeira lavagem cerebral de maldade e insensatez humana - partiria para bater, pisar, ferir, chutar e empurrar escada abaixo aqueles que, na nossa ausência, representam os pais dos nossos filhos. É o que estão fazendo com os professores que lutam por melhores salários e por um ensino público de melhor qualidade. Enquanto os pais enfrentam o mercado de trabalho buscando dar aos filhos uma vida digna, são as escolas que cuidam, educam os nossos futuros médicos, cientistas, engenheiros, advogados, políticos e todas as importantes e incontáveis profissões. Procurem no mundo da ciência e do saber uma profissão mais nobre, cansativa e sofrida que se equipare a do professor. A eles devemos tudo. Quantas vezes nos escabelamos e nos estressamos cuidando dos nossos próprios filhos que, hoje, raramente ultrapassam o número de três. Pense no mestre que acolhe 20 crianças numa sala de aula vinda das mais diferentes culturas e educação. A escola foi e sempre será a pedra fundamental para o avanço e o futuro da humanidade. Não existe um só profissional no campo da ciência e em todas as suas extensas ramificações, que não tenha conhecido a figura de um mestre.

Neste momento, os nossos dirigentes políticos, “ex-alunos”, fecham as portas e negam o diálogo com aqueles que um dia seguraram as suas pequeninas mãos e juntos rabiscaram as primeiras letras.

Esquecem ignoram e menosprezam as portas que se abrem diariamente para receber os seus próprios filhos e estão, com isso, ensinando a todas as crianças e jovens o desrespeito a figura do mestre.

Os Senhores, políticos eleitos, detentores do poder, sentam-se num pedestal e sentem-se a cima de Deus. Como descer a condição humana daqueles que vivem no anonimato e que honradamente e honestamente enfrentam as péssimas conduções e condições de trabalho em troca de um salário vergonhoso? 
Apertar as mãos e dialogar só em época de eleições escondendo o desinfetante no bolso.

Os senhores feudais, Faraós de barro, são os verdadeiros responsáveis pelo quebra-quebra, pelos prejuízos financeiros, morais e emocionais que vêm dilacerando o patrimônio fruto dos nossos suados impostos.

Seria tão diferente, tão fácil se deixassem cair a fétida máscara da pretensa vaidade e abrissem as portas públicas - patrimônio nosso- para uma conversa aberta e produtiva a toda classe trabalhadora que ergue e põe de pé o nosso PAÍS.  Estes, sim, merecem o troféu do nosso apoio, reconhecimento e eterna gratidão.
ESTAMOS COM VOCÊS.
          Jailda Galvão Aires.

terça-feira, 1 de outubro de 2013

HOJE "DIA DO IDOSO"

            São todos os dias vividos
    Exemplos deixados
Caminhos percorridos.
Mãos bordadas de calos
Face com as marcas do tempo

É todo o momento
Ao lado dos filhos
E dos netos também.
Enaltecendo-lhes o brilho
E mostrando-lhes a verdade
 
É somar felicidade
Descartar frustrações
É repartir experiências
Das muitas ciências
Que a vida ensinou
 
É esperar o calor
Daqueles a quem ama
O conforto de uma cama
Uma prece, uma canção. 
Um gesto, um beijo, um olhar

É um muito obrigado
De coração para coração.
        Jailda.alvão Aires 01/10/2013