segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

"PSEUDO INTELECTUAIS" E O VOTO


Estou pensando na cobrança que está sendo feita aos eleitores, menos instruídos, exigindo deles conscientização política como se fossem os únicos culpados pelas mazelas que, há muito, vêm acontecendo no mundo político e empresarial.

Quem já viu alguém alcançar o topo de uma escada sem subir todos os seus degraus? Somente os animais alados conseguem atingir lugares altos. Não me venham com elevadores, asas deltas, escaladas e espaçonaves. Refiro-me ao saber, a ciência, ao estudo. Começar do “bê-á-bá” até o anel de doutor. Mesmo os autodidatas, foram alfabetizados por alguém.

Voltemos o olhar para a gama de insultos, xingamentos, palavrões e descalabros que aparecem na TV e nas redes sociais. Se uma elite, que se diz culta, não sabe como se portar civilizadamente, como pode exigir que a grande massa, sofrida e marginalizada saiba escolher os seus líderes, conscientemente?

Já paramos para pensar que o exército do Alibabá é composto por uma quadrilha de vendilhões de vários partidos?

Os éticos e idealistas que, não ciscam da mesma farinha, pouco ou nada podem fazer.

Sentem-se sozinhos, improdutivos e desencantados.

Precisamos de bons exemplos, equidade, clareza, justiça, liderança e honestidade.

Que legado estamos deixando as gerações futuras se até os candidatos ao invés de, mostrarem as suas propostas e planos de governo se enfrentam com uma enxovalhada de lamas e podres?

“Quem, neste cenário, não tiver nenhum pecado, que atire a primeira pedra.” Desejaria ver centenas atiradas.

Não estou a defender pessoas e partidos mesmo porque no topo da minha vida, há muito a descrença me abateu. Não pensem que diplomas, doutorados e anéis tornam o homem honesto. Honestidade vem de berço, das mãos que os embalam, e dos exemplos que vem do alto.
Já paramos para pensar porque escolas não são criadas para alcançar toda gama marginalizada da nossa sociedade?

Com muito mais facilidade se manobra incultos como bois levados ao pasto. Como manipular um país livre que pensa e sabe escolher?

Existe algum interesse que professores sejam bem remunerados e escolas frutifiquem por todos os recantos do nosso Brasil?
                           Postada no Face em junho de 2014

RECADO AOS CANDIDATOS POLÍTICOS


Estou pensando em deixar este recado para todos os candidatos que prometem mundos e fundos em época de campanha e quando alcançam o poder não cumprem 1/10 das promessas. O velho clichê de criancinhas no colo, visitas às periferias, escolas em tempo integral, hospitais equipados, fim do tráfico de drogas e humanos, moradias, terras, esgotos, calçamentos e etc.. E tal, não convence mais.  
Já não sabemos se vivemos no Brasil ou na Faixa de Gaza... Basta ouvir o noticiário para saber que, a barbárie e o terrorismo, se agigantam nas grandes cidades.
Ainda nesta madrugada, duas irmãs que saiam da casa de show “Rio Sampa”, na Via Dutra, em Nova Iguaçu, foram sequestradas, violentadas por mais de trinta bandidos e assassinadas na frente de testemunhas que nada puderam nem poderão fazer. Isto aconteceu porque atravessaram uma FAIXA PINTADA no chão em uma das ruas de Belford Roxo, onde o lado de cá não pode atravessar para o lado de lá. Uma criança ficou órfã e a mãe chora a perda de duas filhas.
A dor e a vida humana não tem mais nenhum valor desde que, não atinja e que Deus nos proteja, um dos nossos, ou quem sabe, de alguns que destilam falsas promessas.
Tiroteios intensos aconteceram também nesta manhã em alguns trechos, deixando moradores em pânico e petrificados de medo. Escolas são fechadas, comerciantes não abrem suas lojas e os trabalhadores não podem se locomover. Quem necessitar de atendimento médico morre em casa.
Mais uma tática: Para que alguns políticos façam suas campanhas é necessária à autorização de alguns mandachuva e milicianos do pedaço.
De promessas estamos cheios!
Não podemos também jogar toda a culpa no presidente de um país, uma vez que, verbas são repassadas para os estados e estes aos seus municípios. As falcatruas, desvios de verbas e enriquecimento ilícito acontecem em todo o território nacional, com pequenas exceções.
É como dizem por aí: É hereditário, está no sangue... Eu completo está na falta de bons exemplos e na educação de um povo.
                  Face 10/2014 Jailda Galvão Aires

"BRASIL MOSTRA A TUA CARA"


Estou pensando na COPA DO MUNDO. Refleti muito ao recordar um episódio que vivenciei em Cabo Frio, onde passamos com família um final de semana aproveitando a beleza daquelas praias serenas e bonitas. Ao amanhecer, meu primo foi até a rua e descobriu que o seu carro havia sido roubado. Entrou e, calmamente, pegou sua vara de pescar e já ia se retirando quando sua esposa, inconformada, perguntou: - Tivemos nosso veículo roubado e você despreocupadamente vai pescar? A resposta veio seguramente zen: - Perdi o meu carro e vou perder também minha pescaria? Mais tarde o carro foi encontrado por falta de combustível. (Ele sabia).

Analisei esta lição de vida e pensei: Milhões foram roubados sob o nosso nariz, a vida inteira, culminando com a Copa do mundo - não por falta de combustível, mas, por excesso de desvios de verbas e dos nossos suados e altos impostos do mundo!  Jamais este dinheiro voltará as nossas mãos. Perdi a esperança, perdi a fé, perdi a crença nos nossos políticos, empresas, licitações, profissionais e demais participantes.
Sei que parte da verba virá dos cofres da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), mas os gastos com infraestrutura das cidades onde a copa acontecerá virá do estado, do dinheiro público que vem dos nossos impostos.

Não sou alienada, sei que existem, em nosso país, inúmeros problemas de infraestrutura, educação, saúde, cultura, esporte, transporte, segurança pública, entre muitos outros, que serão mostrados ao mundo.

O visionário Casusa já cantava:


“Brasil mostra a tua cara.

Quero ver quem paga pra gente ficar assim.

Brasil qual é o teu negócio?

O nome do teu sócio?


Vivemos num país que se diz democrático, mas que pune cruelmente, nas ruas, as reivindicações de seu povo.

Continua Casusa em versos tão atuais.


“Não me convidaram
Pra essa festa pobre (diria: rica)
Que os homens armaram pra me convencer
A pagar sem ver
Toda essa droga
Que já vem malhada antes de eu nascer
.”


Realmente o povo não foi convidado a escolher. Doze são as cidades-sede.

Em 2009 foi estimado pela CBF que o gasto seria de R$ 2,5 bilhões nos estádios. Hoje, só com os estádios já ultrapassa a casa dos R$ 8 bilhões.

Segundo o balanço feito em 09/2013, os investimentos públicos e privados já alcançavam R$ 25,6 bilhões dos quais:

    R$ 8 bilhões em obras de mobilidade urbana
    R$ 8 bilhões em construção e reformas de estádios
    R$ 6,3 bilhões em aeroportos
    R$ 1,9 bilhão  em segurança
    R$ 600 milhões em portos
    R$ 400 milhões em telecomunicações
    R$ 200 milhões em infraestrutura turística
    R$ 200 milhões em instalações complementares


Se o povo pudesse opinar escolheria demandas mais urgentes - hospitais, escolas, transporte, moradia, e, apenas 6 estados sediando a COPA.


A nossa atual presidente Dilma, em um dos seus últimos discurso de inauguração assegurou que os turistas ao retornarem aos países de origem não levarão nenhum estádio. É patrimônio nosso. Pergunto: - O que e eles fariam com tantos elefantes brancos que só serão usados em anos de Copa? Museus?

  

Exemplificando, este mesmo valor daria para a construção de 400 hospitais-escolas.


E o que farão com o lixo humano que se espalha nas ruas e calçadas? Crianças sem teto, jovens drogados, mendigos e moribundos? Esconderão sob os imensos gramados verdes? Quanta hipocrisia!


Então fica aqui a minha resposta: Vou assistir e vibrar em todos os jogos. Levaram os meus cifrões, mas não arrancarão de mim, o amor à pátria, à minha torcida, valores patrióticos, o sol da liberdade, meu grito retumbante, as flores do meu verde campo e nem a vida dos meus lindos bosques... Ninguém tirará de mim o lábaro estrelado nem a esperança de igualdade justiça e paz no futuro.


Vamos lá Brasil, mostra a tua força! Balança as redes como se balançasse as cores de tua sagrada e sangrada bandeira.


“Grande pátria desimportante
Em nenhum instante
Eu vou te trair
(Não vou te trair)” Casusa.
                                                                 Jailda Galvão Aires - junho/2014

MINHA MÃE E O TEMPO


Estou pensando nas palavras de minha mãe quando se referia à rapidez do tempo. –Filhos, estudem, não joguem fora as oportunidades e nem desperdicem o tempo. A vida é um simples estalar de dedos. A onomatopeia dava força e sentido à comparação - Snap! tlec! - Gostava deste som que eu tentava imitar às escondidas.
Muitas vezes achava exagero da minha mãe. Afinal de contas, quando a gente é criança, doze meses equivale a uma eternidade: Natal só daqui a um ano.
E vinha a ansiosa pergunta:
-Mãe, demora muito?
Esperar por outro São João seria vencer um século.
Aniversário, nem se fala!
E uma semana de castigo, um mês sem brincar com os amigos?
Que vontade que as horas voassem e que os anos passassem para poder pintar os lábios e poder namorar. Era mais que uma era.
Quando se é criança tudo passa l e n t a m e n t e ...
Gosto de comparar a vida com as bolhas de sabão. Têm colorido e beleza! Têm lampejos e movimentos! São círculos perfeitos para se olhar e viver. “Viver e não ter a vergonha de ser FELIZ!” 
          Postado no Face. Jailda Galvão Aires.

domingo, 22 de fevereiro de 2015

DIALOGANDO COM DANIEL


- Vó, você está triste?
- Não, meu menininho, porque agora,
  você está aqui comigo.
- Então, vovó, quando eu for embora,
  pra minha casa, você... vai ficar triste?
        - Um pouquinho só... Mas, logo ficarei
  feliz porque eu sei que toda sexta-feira,
           você estará voltando.
        - Vó, não fique triste... Eu volto. Viu, vovó!

              "A raposa com o pequeno Príncipe”
         “Se tu vens, por exemplo, às quatro da
         tarde, desde as três eu começarei a ser feliz.
         Quanto mais a hora for chegando,
         mais eu me sentirei feliz.
         Às quatro horas, então, estarei inquieto e agitado: 
         descobrirei o preço da felicidade!
         Mas se tu vens a qualquer momento,
         nunca saberei a hora de preparar o coração... “
          (Antoine de Saint-Exupéry)
  Qualquer semelhança é mera coincidência. Risos.
               Jailda Galvão Aires Rio, 21/02/2015